Espécie de Peixes - Parte III

Dando continuidade a série especial sobre Espécie de Peixes, hoje veremos a terceira parte das espécies de peixes de Agua Salgada.


Cação

Cação

Nome Popular

Cação/Shark

Nome Científico

Carcarhinus spp.

Família

Carcarhinidae

Distribuição Geográfica

Regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul (do Amapá ao Rio Grande do Sul).

Descrição

O formato do corpo é alongado; o focinho pontudo; a nadadeira caudal apresenta o lobo superior maior que o inferior. A coloração é cinza claro ou cinza chumbo, clareando em direção ao ventre. Alcança mais de 1,5m de comprimento total e 40kg.

Ecologia

Peixes pelágicos, que se movimentam constantemente ao longo das praias e parcéis. A captura é mais fácil durante o verão, quando se aproximam da costa para reproduzir. São peixes carnívoros, que se alimentam de peixes, crustáceos, moluscos, aves e mamíferos marinhos.

Equipamentos

Equipamento de ação média e média/pesada; linhas de 10 a 25 lb.; anzóis de n° 3/0 a 8/0, encastoados com arame de aço.

Iscas

Somente iscas naturais, como sardinhas, paratis, betaras, bonitos e atuns.

Dicas

É preciso cuidado ao manusear esses peixes por causa dos dentes afiados, da força das mandíbulas e da pele áspera. Para atraí-los, use uma ceva com restos de peixes.


Caranha

Caranha

Nome Popular

Caranha/Cubera Snapper

Nome Científico

Lutjanus cyanopterus / Lutjanus griseus

Família

Lutjanidae

Distribuição Geográfica

Regiões Norte, Nordeste e Sudeste (do Amapá ao Paraná).

Descrição

Peixe de escamas; corpo forte e alongado; cabeça e boca grandes. Uma das características é a presença de dentes caninos. A nadadeira dorsal é espinhosa e a caudal pouco furcada. A coloração é muito variável, pode ser pardo esverdeado, com manchas escuras indistintas, róseo escuro ou pardo avermelhado, dependendo da profundidade em que o peixe está; as nadadeiras dorsal e caudal são cinza escuro, as peitorais, ventrais e anal são claras ou róseas. Alcança cerca de 1,5m de comprimento total e 60kg. A espécie mais comum, L. griseus, também conhecida como carainha, é bem menor, alcançando 65cm e 8kg.

Ecologia

Peixe muito comum ao longo da costa brasileira, encontrado em áreas rochosas e de recifes. Pode entrar nos estuários até as áreas de água doce. Durante o dia costuma ficar entocado, saindo à noite para se alimentar. Na fase jovem, alimenta-se de peixes, crustáceos, moluscos e equinodermos, tornando-se exclusivamente piscívoro quando adulto. Os peixes jovens formam grandes cardumes, que, às vezes se misturam a cardumes de outros peixes, como a guaiúba. Espécie muito voraz. A carne não é muito apreciada para o consumo.

Equipamentos

Equipamento de ação média, média/pesada e pesada; linhas de 17 a 50 lb; anzóis de nº 2/0 a 10/0.

Iscas

Iscas de peixes que habitam o mesmo ambiente, como as guaiúbas e corcorocas, e iscas artificiais, como os plugs de meia água e jigs.

Dicas

O uso de empates é essencial, por causa dos dentes fortes e afiados. Também é aconselhável o uso de arranque, porque essa espécie vive nas proximidades de estruturas cortantes, como pedras e corais.

Recorde

55,11 kg/121 lb 8 oz para a caranha Lutjanus cyanopterus

7,71 kg/17 lb 0 oz para a carainha Lutjanus griseus


Carapau


Carapau



Nome Popular

Carapau, Xarelete, Xerelete/Blue Runner

Nome Científico

Caranx crysos

Família

Carangidae

Distribuição Geográfica

Regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul (do Amapá ao Rio Grande do Sul).

Descrição

Peixe de escamas; corpo alongado e comprimido; perfil superior da cabeça arredondado. A coloração do dorso varia do azul esverdeado ao cinza e os flancos e ventre são prateados ou dourados; apresenta uma mancha preta na parte superior do opérculo. Alcança 70cm de comprimento total e 5kg.

Ecologia

Espécie costeira; vive em baías, costões e nas proximidades das ilhas. Os cardumes ocorrem desde a superfície até próximo ao fundo. Os adultos alimentam-se de peixes, lulas, crustáceos e outros invertebrados, inclusive bentônicos. Espécie comum nos mercados, a carne é boa se for sangrado logo após a captura. Na pesca amadora, oferece alguma resistência quando o material é leve. É uma excelente isca para a pesca esportiva oceânica.

Equipamentos

O material deve ser leve, as linhas de 8 a 20 lb. e os anzóis até o n° 1/0.

Iscas

Iscas naturais, como pedaços de peixes, camarão, moluscos; e, iscas artificiais, como plugs de superfície e meia água e jigs.

Recorde

5.05 kg/ 11 lb 2 oz




Cavala Verdadeira

Cavala Verdadeira

Nome Popular

Cavala-verdadeira/King Mackerel

Nome Científico

Scomberomorus cavalla

Família

Scombridae

Distribuição Geográfica

Regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul (do Amapá a Santa Catarina). Ocorre no litoral do Nordeste o ano todo, mas no Sudeste e Sul é mais freqüente no verão.

Descrição

Peixe de escamas tão pequenas que dão a impressão de não existirem; corpo fusiforme, ligeiramente comprimido; nadadeira caudal muito furcada; focinho pontudo. A coloração do dorso é azul metálico, sendo os flancos e ventre prateados. A linha lateral é marcada, servindo para distinguir as espécies do gênero. Entre as espécies desse gênero, S. cavalla é a única que não possui pintas nem manchas. A cavala-verdadeira pode atingir mais de 1,9m de comprimento total e 45kg.

Ecologia

Espécie migradora. Forma grandes cardumes com indivíduos da mesma idade, ocorrendo na superfície e meia água. Os cardumes de cavala seguem os cardumes de peixes menores, como sardinhas e manjubas, e lulas, que constituem seu principal alimento. Vive em alto mar, mas durante o verão, freqüenta os costões rochosos e regiões de mar aberto, não muito distantes da costa. É uma espécie muito esportiva e muito comercial.

Equipamentos

Equipamento de ação média a média/pesada; linhas de 10 a 50 lb.; anzóis de nº 2/0 a 6/0. A bóia é um material útil para manter a isca na meia água.

Iscas

As iscas de peixes e lulas são as ideais. Os plugs de meia água, jigs e lambretas tracionadas no corrico também são muito eficientes.

Dicas

É recomendável o uso de empate de aço, porque os dentes da cavala são muito afiados.

Recorde

42.18 kg/ 93 lb 0 oz



Chener

Cherne

Nome Popular

Cherne/Snowy Grouper

Nome Científico

Epinephelus niveatus

Epinephelus nigritus


Família

Serranidae

Distribuição Geográfica

Regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul, onde é mais raro.

Descrição

Peixe de escamas; corpo grande, alto e comprimido. A coloração é marrom avermelhado, algumas vezes mais clara no ventre; a margem da parte espinhosa da nadadeira dorsal é escura. Indivíduos jovens apresentam manchas brancas distribuídas regularmente em fileiras verticais e uma grande mancha escura no pedúnculo caudal, que se origina no dorso e atravessa a linha lateral. Alcança 1,2m de comprimento total e 30kg. Existe uma espécie maior, o cherne negro Epinephelus nigritus, que atinge mais de 2m de comprimento total e cerca de 200kg.

Ecologia

Os peixes jovens vivem em águas rasas, em costões, estuários e recifes costeiros; à medida que crescem dirigem-se para águas mais profundas, com fundo rochoso, onde ficam parados a maior parte do tempo. São peixes vorazes que se alimentam principalmente de peixes, não desprezando os crustáceos. Têm grande valor comercial. A pesca amadora é mais difícil porque os grandes indivíduos habitam águas profundas. A espécie maior é um dos grandes troféus da pesca subaquática.

Equipamentos

Equipamento do tipo médio/pesado; linha 0,60 a 0,90mm; e, anzóis 2/0 a 8/0.

Iscas

Iscas naturais: peixes pequenos (sardinha e parati), camarão, lula e siri. Iscas artificiais usados na modalidade vertical jigging, shads e grubs.

Recorde

12,70 kg/28 lb 0 oz para o cherne pintado Epinephelus niveatus

198,1 kg/436 lb 12 oz para cherne preto Epinephelus nigritus







Corvina

Corvina

Nome Popular

Corvina/Croaker Whitemouth

Nome Científico

Micropogonias furnieri

Família

Sciaenidae

Distribuição Geográfica

Regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul (do Amapá ao Rio Grande do Sul). Principalmente nas regiões Sudeste e Sul.

Descrição

Peixe de escamas; corpo alto, ligeiramente comprimido, com o ventre achatado; boca voltada para baixo; pré-opérculo fortemente serrilhado. A coloração é prata claro com reflexos arroxeados; pode apresentar listras longitudinais pretas ao longo do corpo, especialmente nos indivíduos jovens. Possui alguns pares de pequenos barbilhões na mandíbula. Alcança cerca de 80cm de comprimento total e 6kg.

Ecologia

Espécie costeira; vive nos fundos arenosos ou barrentos, de preferência em profundidades até 100m. Os jovens e alguns adultos freqüentam os manguezais e estuários, onde se alimentam principalmente de crustáceos, não desprezando os peixes pequenos, caranguejos, siris e mariscos. Também pode entrar na água doce. Forma cardumes pequenos. É uma espécie comercial muito importante e apreciada pelos pescadores amadores.

Equipamentos

Varas de ação leve e média; linhas de 10 a 20 lb.; anzóis de nº 1/0 a 4/0. O chumbo oliva é muito empregado na pesca de canal e nos manguezais. Não é necessário o uso de empates.

Iscas

Somente iscas naturais, especialmente camarão vivo ou morto, tatuí, pedaços de moluscos, caranguejo e minhoca, nos manguezais. Hoje em dia se consegue ferrar corvinas com iscas artificiais como metais jigs de 15 a 25 gramas e até 7 cm.

Dicas

Prefira a pesca embarcada ou de praia, sempre com o chumbo encostado no fundo. Na pesca de arremesso da praia, amarre bem a isca. As praias fundas, com águas escuras e um pouco frias são as ideais. A maior incidência de corvinas nas beiras de praia é no inverno.

Recorde

3.75 kg/ 8 lb 4 oz


Fonte : Ibama

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