Espécie de Peixes - Parte II
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Badejo

Nome Popular
Badejo/Grouper
Nome Científico
Mycteroperca spp.
Família
Serranidae
Distribuição Geográfica
Regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul (do Amapá ao Rio Grande do Sul).
Descrição
Existem no Brasil 6 espécies de badejo (Família Serranidae), além de 3 de peixes sabão/badejo sabão (Família Grammistidae). São peixes de escamas; coloração escura (marrom ou cinza, dependendo da espécie), com manchas cujo padrão e coloração também varia com a espécie. A espécie mais comum é o badejo-mira (badejo-saltão badejete) Mycteroperca acutirostris que apresenta manchas claras e irregulares no corpo. O badejo-quadrado Mycteroperca bonaci é bem característico por apresentar grandes manchas retangulares escuras no dorso e nos flancos; alcança em torno de 1,5m de comprimento total e 100kg. O badejo-mira é menor, podendo alcançar 80 cm de comprimento total e 10kg.
Ecologia
Os badejos são peixes típicos dos costões rochosos e recifes de corais, mas também podem ser encontrados em estuários, em locais onde existem tocas. Nunca são encontrados em águas com baixa salinidade. Vivem sozinhos quando maiores ou em pequenos grupos de 5 a 10 indivíduos. São peixes carnívoros, que se alimentam de peixes, moluscos, crustáceos e equinodermos. São muito apreciados pelos pescadores esportivos e pelos comerciais.
Equipamentos
Equipamentos do tipo médio/pesado a pesado. As linhas devem ser de 17 a 50 lb. e altamente resistentes à abrasão, para evitar que se rompam ao atrito com as pedras. Recomenda-se o uso de linhas Kevlar (multifilamento). No caso de se usar monofilamento, é indispensável um líder com linha mais grossa. Os anzóis devem ser resistentes: nº 5/0 a 10/0.O uso de empates de aço é opcional.
Iscas
Iscas naturais, camarões vivos, peixes inteiros ou em filés (sardinhas, bonito etc.). As iscas artificiais, como jigs, plugs de meia água, shads, grubs e camarões artificiais devem ser trabalhados junto ao fundo. As cores verde e amarelo fortes são as preferidas.
Dicas
É muito difícil capturar exemplares de grande porte, como o badejo-quadrado, ainda muito comum no Nordeste, por causa da força e pelo fato do peixe se entocar logo que é fisgado. O badejo-mira é mais fácil de ser capturado. Os equipamentos de ação rápida e varas mais duras diminuem as chances do peixe se entocar. Logo que fisgar um badejo, não o deixe tomar linha, puxando-o para longe da toca.
Recorde
56,24 kg/124 lb 0 oz para o badejo quadrado Mycteroperca bonaci
5,25 kg/ 11 lb e 9 oz para o badejo mira Mycteroperca acutirostris
Bagre Bandeira

Nome Popular
Bagre-bandeira/Catfish, gafftopsail
Nome Científico
Bagre marinus
Família
Ariidae
Distribuição Geográfica
Regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul (do Amapá ao Rio Grande do Sul).
Descrição
Peixe de couro; corpo achatado, como na maioria dos peixes de hábitos bentônicos; nadadeiras peitorais e dorsal com três espinhos. A coloração varia do cinza azulado ao amarelo. As nadadeiras dorsal e peitorais possuem um espinho serrilhado que é venenoso. Os maiores exemplares alcançam 1m de comprimento total e cerca de 5kg. A família só tem representantes na costa do oceano Atlântico. Uma outra espécie bastante semelhante ocorre no Brasil, o Bagre bagre, que se difere do Bagre marinus apenas pela nadadeira anal, e não ultrapassa os 50cm e 2kg de peso.
Ecologia
Freqüenta as praias, estuários, manguezais, foz de rios e entram na água doce para desovar. Não é encontrado em águas muito profundas, em geral até 50m. Normalmente forma grupos de 5 a 100 indivíduos. Alimenta-se de pequenos peixes e animais bentônicos. Após a desova, os machos incubam os ovos na boca. É um peixe de hábito crepuscular e noturno, mas, nas águas turvas, é possível capturá-lo durante o dia. Tem certa importância comercial, principalmente na região Sudeste. Os grandes exemplares são capturados pela pesca esportiva, na modalidade de arremesso.
Equipamentos
Equipamentos médio e médio/pesado. As linhas mais utilizadas são as de 8 a 25 lb e os anzóis de nº 1/0 a 6/0.
Iscas
Iscas naturais, como sardinha, camarões, lulas e moréias dos manguezais são as preferidas. São raras as capturas com iscas artificiais.
Dicas
É preciso cuidado ao manusear este peixe. Os ferrões injetam substâncias tóxicas, que, dependendo da sensibilidade da pessoa, podem causar forte dor no local, inchaço e até febre.
Recorde
4,36 kg/9 lb 10 oz
Barracuda

Nome Popular
Barracuda, Bicuda/Great Barracuda
Nome Científico
Sphyraena barracuda
Família
Sphyraenidae
Distribuição Geográfica
Regiões Nordeste, Sudeste e Sul. É encontrado principalmente na região de Abrolhos, Ilhas Trindades e no Arquipélago de Fernando de Noronha. Também é comum em Cabo Frio-RJ.
Descrição
Peixe de escamas; corpo alongado e roliço, um pouco comprimido; boca grande e pontuda; dentes caninos e afiados. A coloração é prateada, sendo que os adultos possuem manchas pretas irregulares ao longo do corpo, especialmente perto da nadadeira caudal, o que distingue esta espécie das 20 ou mais espécies de barracudas de pequeno porte, das quais cinco são encontradas no Brasil. Sphyraena barracuda pode chegar a 3m de comprimento total e 50kg. No Brasil, exemplares com mais de 20kg têm sido capturados.
Ecologia
É encontrada diferentes habitats, desde canais de mangue, passando por áreas costeiras até alto mar, nas proximidades de recifes de corais, portos, naufrágios e em locais onde se concentram pequenos peixes. As barracudas jovens formam cardumes; as grandes são quase sempre solitárias. É uma espécie voraz e agressiva, ataca qualquer objeto brilhante ou em movimento, sendo, portanto, um peixe muito esportivo. A carne também é considerada de excelente qualidade.
Equipamentos
O material empregado é do tipo médio/pesado e pesado. As linhas variam de 20 a 30 lb.
Iscas
Iscas artificiais, como plugs, metais jigs e colheres, e iscas naturais de pequenos peixes.
Dicas
Não se deve arremessar a isca muito perto da barracuda e, durante o recolhimento, a isca deve ser trabalhada de forma irregular.
Recorde
38.55 kg/ 85 lb 0 oz
Betara

Nome Popular
Betara, Embetara, Papa-terra/Southern Kingfish
Nome Científico
Menticirrhus spp.
Família
Sciaenidae
Distribuição Geográfica
Regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul (do Amapá ao Rio Grande do Sul).
Descrição
Duas espécies ocorrem no Brasil: Menticirrhus americanus e Menticirrhus littoralis. São peixes de escamas; corpo alongado e comprimido; boca voltada para baixo; barbilhão curto e duro na mandíbula. As duas espécies são bastante parecidas, porém a distinção entre elas é feita facilmente pela coloração: a primeira espécie é cinza prateada com ventre esbranquiçado, possui manchas escuras, alongadas e oblíquas sobre a cabeça e dorso. Já a M. littoralis tem o dorso mais escuro e ventre branco, sem manchas escuras. Ambas as espécies tem o mesmo tamanho e dificilmente ultrapassam 60cm de comprimento total e 1,5kg.
Ecologia
São peixes muito comuns ao longo do litoral brasileiro e sua maior ocorrência é na região Sudeste. Possivelmente são os peixes mais presentes em pesca de praia. Habita os canais que se formam nas praias arenosas, sendo que os indivíduos adultos ficam no fundo e os jovens nas águas mais rasas. Alimentam-se de pequenos peixes, crustáceos, moluscos e minhocas, que ficam expostas pela ação das ondas. A carne é muito saborosa, mas é consumida principalmente por pessoas que conhecem bem esse peixe, como os pescadores amadores.
Equipamentos
A forma de capturá-las é basicamente a pesca de arremessos em praias (surfcasting). Equipamento de ação leve; linhas de 6 a 10 lb.; anzóis pequenos de nº 12 a 16 do tipo japonês. Como a boca desse peixe é voltada para baixo, as pernadas devem manter os anzóis bem perto do fundo.
Iscas
Somente iscas naturais, como camarão, minhoca de praia (a mais eficiente), tatuís, sarnambis e pedaços de camarões e sardinha.
Dicas
Pode ser capturado de dia e à noite. Nas pernadas deve-se utilizar somente fio de nylon.
Recorde
1,27 kg/2 lb 13 oz para a Menticirrhus americanus
1,38 kg/3 lb 0 oz para a Menticirrhus littoralis
Bicuda

Nome Popular
Bicuda
Nome Científico
Sphyraena spp.
Família
Sphyraenidae
Distribuição Geográfica
Regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul (do Amapá ao Rio Grande do Sul).
Descrição
No Brasil cinco espécies da família Sphyraenidae são conhecidas por Bicuda: Sphyraena guachancho (bicuda), Sphyraena borealis (bicuda) Sphyraena picudilla (bicudinha, barracudinha), Sphyraena sphyraena (bicuda da lama) e Sphyraena tome. São peixes de escamas; corpo alongado e um pouco comprimido; boca grande com dentes caninos. A coloração geral é prateada com dorso mais escuro e algumas faixas escuras, indistintas, nos flancos. O último raio das nadadeiras dorsal e anal é alongado. Na maior delas, a Sphyraena guachancho, as nadadeiras pélvicas e anal possuem a margem preta e a caudal uma faixa preta nos raios medianos. Pode alcançar 1m de comprimento total e 5kg.
Ecologia
Espécies costeiras, de superfície, muito comum nas proximidades dos recifes e ilhas. Vivem em cardumes pequenos ou grandes, sendo que os indivíduos maiores são solitários. Alimentam-se de peixes e crustáceos. Tem valor comercial em algumas regiões e é importante para a pesca esportiva.
Equipamentos
Equipamento do tipo médio e linhas de 10 a 20 lb.
Iscas
Iscas artificiais, como plugs e colheres, e iscas naturais, peixes pequenos.
Dicas
Aproxima-se mais entre os meses de outubro a março de cada ano. Pega bem de dia em artificiais e a noite na isca de sardinha.
Recorde
1,14 kg/2 lb 8 oz para a bicudinha Sphyraena picudilla
Bijupirá

Nome Popular
Bijupirá/Cobia
Nome Científico
Rachycentron canadum
Família
Rachycentridae
Distribuição Geográfica
Regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul (do Amapá ao Rio Grande do Sul). Mais comum no Nordeste.
Descrição
Peixe de escamas muito pequenas; corpo alongado e subcilíndrico; cabeça grande e achatada. As nadadeiras dorsal e anal são do mesmo tamanho, dando a impressão de uma ser reflexo da outra. A nadadeira caudal tem o lobo superior muito maior que o inferior. A coloração é marrom escuro, sendo o ventre amarelado; apresenta duas faixas prateadas ao longo do corpo. As nadadeiras são escuras. Pode alcançar 2m de comprimento total e 70kg.
Ecologia
Espécie de superfície e meia água; vive em áreas costeiras e no alto mar. Pode ser encontrada ocasionalmente em águas rasas com fundo rochoso ou de recife, assim como em estuários e baías. Normalmente é encontrada sozinha ou aos pares, mas pode formar cardumes pequenos. Alimenta-se de peixes, crustáceos e lulas. A carne é relativamente saborosa e tem muitos apreciadores, mas não é muito comum nos mercados. É um peixe muito lutador e, portanto, muito apreciado pelos pescadores esportivos. Pode ser pescado na beira da praia, em mar aberto e próximo a ilhas e recifes.
Equipamentos
O equipamento é do tipo médio/pesado; linhas de 20 a 80 lb; e anzóis até n° 7/0.
Iscas
As iscas naturais, sardinhas, xereletes, corcorocas e caranguejos, devem ser colocadas bem na frente do peixe. As iscas artificiais podem ser plugs de superfície e meia água.
Dicas
Pode ser capturado na superfície, a meia água e no fundo. Gosta de detritos boiando. Aproxima-se mais da costa no verão. Em águas distantes, é pescado o ano inteiro. O ideal é pescar embarcado e esperar que o peixe se canse antes de embarcá-lo.
Recorde
61.5 kg/ 135 lb 9 oz
Bonito

Nome Popular
Bonito, Serra-comum, Sarda/Atlantic Bonito
Nome Científico
Sarda sarda
Família
Scombridae
Distribuição Geográfica
Regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul (do Amapá ao Rio Grande do Sul).
Descrição
Peixe de escamas; corpo alongado e fusiforme. Possui duas nadadeiras dorsais, uma muito próxima da outra. A coloração é azul escuro, com 5-11 linhas oblíquas escuras no dorso e parte dos flancos. Os flancos e o ventre são prateados. Alcança 1m de comprimento total e cerca de 11kg.
Ecologia
Espécie oceânica, de superfície e migradora. Forma grandes cardumes em alto mar. Durante o verão, época de desova, pequenos cardumes se aproximam da costa. Alimenta-se de peixes, lulas e crustáceos. A carne não é muito apreciada e não tem valor comercial, mas pode ser encontrada esporadicamente em mercados de peixes. O grande consumidor é a indústria de enlatados. É importante na pesca esportiva oceânica, principalmente pela voracidade com que ataca vários tipos de iscas.
Equipamentos
Equipamento de ação média, linhas de 0,35 a 0,45 lb. e anzóis de n° 1/0-5/0.
Iscas
Iscas artificiais de superfície ou meia água; iscas naturais, principalmente peixe, vivo ou morto.
Recorde
8.3 kg/ 18 lb 4 oz
Fonte : Ibama
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