Minha Varinha Mágica

Por: Marcelo Sant´ana

Foto/Ilustração: Arquivo Pesca & Companhia Publicado em: 02/2009

Caros colegas pescadores, assim como todos, eu tenho um mascote nas pescarias: uma varinha com menos de um metro de comprimento, e um molinete micro com linha 0,25 mm, que eu carinhosamente apelidei de “Anãzinha”.Bom, por que mágica? Ai vai a explicação.Numa certa ocasião estava com alguns amigos em um pesqueiro. Tinha duas varas armadas para fundo e brincava com a minha anãzinha na artificial, quando uma das minhas varas fisgou após uma gostosa briga uma carpa espelho de 10 kg.Recolhi o peixe, e meu amigo Paulo quis estrear seu novo alicate de contenção automático. Porém ele se esqueceu de prendê-lo ao braço. Com isso a carpa se debateu até conseguir escapar levando o alicate preso à boca.Passado um tempinho continuei minha brincadeira com a anãzinha e fisguei um peixe que parecia querer quebrar minha frágil varinha ao meio. Após uma briga daquelas, qual a nossa surpresa? Peguei a mesma carpa de antes, só que dessa vez trazia o alicate do meu amigo preso à sua boca.Você não esta acreditando, tudo bem, ai vai outra da minha varinha preferida.Em outra ocasião, estávamos em uma pescaria noturna, e como de costume, armei alguns molinetes de fundo e bóia, enquanto ficamos com nossas varas de mão a postos. A pescaria de Tilápias estava eletrizante, e claro, minha “mascotinha” ao meu lado.Já eram altas horas da madrugada quando ouvimos um barulho na água e o Paulo me perguntou o que era. Eu com aquela cara assustada respondi que o peixe havia levado minha “anãzinha” embora pra dentro do lago. Para mim, a pescaria havia acabado naquele momento, pois poderia ter perdido qualquer vara, molinete ou carretilha, mas a minha anãzinha não!Saí de perto do lago, fui tomar um gole de cachaça na barraca para esquecer a tragédia que havia acontecido. De repente, ouço o sininho de uma das minhas varas anunciando uma fisgada.Sem muito ânimo fui ver o que era.Após alguns minutos a grande surpresa. Adivinhem o que foi que veio preso no meu anzol? Isso mesmo, a minha “anãzinha” (sabia que ela não iria me abandonar assim). Peguei-a rapidamente para que não soltasse do anzol e ao começar a recolher a linha, para meu espanto, notei que o peixe que a tinha levado de mim ainda estava fisgado. Era um belo Pacu de 5 kg. Sem ressentimentos devolvi-o ao lago logo após a foto.Hoje não vou para nenhuma pescaria sem a minha “Anãzinha”, que apesar de seu pequeno tamanho e sua notável fragilidade, não volta pra casa sem capturar belos troféus e proporcionar-me vários momentos de prazer.

Pergunto a vocês:

É ou não é uma “Varinha Mágica”?